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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

OS 12 PRINCÍPIOS DO 'AMOR EXIGENTE'

Primeiro Princípio: 'Ninguém dá o que não tem'.
Pais vazios, filhos frágeis. Escrevia um jovem encarcerado a seus pais: “Porque vocês foram fracos no bem, eu fui forte no mal”. Pais despreparados, filhos desorientados.

Segundo princípio: “Os pais também são gente”.
Isso quer dizer que os pais não são onipotentes; pelo contrário, devem aceitar suas imperfeições e devem perdoar a si próprios, sem perder sua autoridade, nem desanimar por causa dos problemas.

Terceiro princípio: “Os recursos dos pais são limitados”.
Na verdade, os pais precisam ser ajudados com apreço, reconhecimento e atenção dos filhos, pois sofrem limitações econômicas, emocionais, éticas, religiosas.

Quarto princípio: “Pais e filhos não são iguais”.
Aos pais cabe a obrigação de intervir, de estabelecer normas, de cobrar. Não podem abdicar de sua missão nem de sua autoridade. Os filhos devem respeito aos pais, inclusive porque o quarto que ocupam é dos pais.

Quinto princípio: “A futilidade da culpa”.
O jogo da culpa não resolve nada porque é auto-censura. De nada adianta auto-flagelar-se. O que importa é mudar, aprender com os erros. Pela culpabilização os filhos manipulam os pais, os quais, por sua vez, se fazem vítimas pela auto-culpabilização.

Sexto princípio: “O comportamento dos pais afeta os filhos, e o comportamento dos filhos afeta os pais”.
O jeito de ser pai e mãe, o testemunho de vida dos pais, os gestos mais que as palavras afetam os filhos. Por outro lado, os acontecimentos da vida dos filhos, sua conduta, suas crises afetam os pais como uma caixa de ressonância. Os pais precisam de ajuda.



Sétimo princípio: “É preciso tomar atitude”.
Não se omitir nem delegar responsabilidades para terceiros.
Os pais devem discordar dos filhos quando errados, tomar atitudes contra os abusos, buscar apoio de outras pessoas, obter informações.
É preciso decidir, agir, cumprir seu dever e sua missão.

Oitavo princípio: “Administrar as crises”.
Os problemas são possibilidades de vitória. É preciso trocar idéias, aceitar ajuda de outras pessoas.

Nono princípio: “Ter um grupo de apoio”.
Esse grupo é formado por pais envolvidos com problemas de drogas com seus filhos, para troca de experiências, informações e instruções. Assim, os pais não se sentem sozinhos e têm um ambiente propício para seus desabafos e alívio das tensões.

Décimo princípio: “Exigir a cooperação dos filhos”.
Os pais devem dar tarefas e trabalhos para os filhos, fazendo-os participar da vida familiar. Eles devem arrumar seus quartos, lavar a louça suja da pia, não deixar tênis e roupas jogadas no chão.

Décimo primeiro princípio: “A necessidade da disciplina”.
Sem disciplina, os filhos crescem inseguros e tornam-se onipotentes. Os pais acabam sendo reféns de seus filhos. É preciso estabelecer limites, educar a vontade. Não esconder a verdade.

Décimo segundo princípio: “Amar é saber ser firme, saber dizer não”.
Os pais não devem ceder aos sentimentos e emoções. Não colocar panos quentes sobre os erros dos filhos. Muito menos justificar seus erros, não se abalar com as chantagens. O sofrimento é redentor. O amor é exigente.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

MUDANÇAS CLIMÁTICAS EMPURRAM O MUNDO A UMA CRISE ALIMENTAR


Por: France Presse

PARIS - A expansão do crescimento populacional e as mudanças climáticas estão empurrando o planeta rumo a episódios de fome, que só uma revisão do sistema alimentar pode reverter, alertou esta quarta-feira (16/11) um painel de especialistas. "No ponto em que estamos no século XXI, temos um conjunto maior de ameaças convergentes", afirmou John Beddington, professor britânico que chefiou uma pesquisa de 9 meses, realizada pela entidade, composta por 13 membros.

"Há o crescimento populacional, o uso insustentável de recursos e grandes pressões sobre a humanidade para transformar a forma como usamos a comida", explicou Beddington por teleconferência. "Mas isto se vincula intimamente a questões de água e energia, e certamente com as mudanças climáticas", acrescentou.

Beddington disse que em 2007-2008, uma elevação nos preços dos alimentos empurrou 100 milhões de pessoas para a pobreza, e outros 40 milhões os seguiram na alta de 2010-2011. "Há uma preocupação real a respeito da fome e há consequências no nível em que o aumento nos preços dos alimentos causa instabilidade", afirmou.




A Comissão sobre Agricultura Sustentável e Mudanças Climáticas foi criada em fevereiro pelo Grupo Consultivo sobre Pesquisa Agrícola Internacional (CGIAR, na sigla em inglês), uma organização guarda-chuva, financiada por governos nacionais, organizações regionais e institutos de pesquisa.

Com base em estudos publicados, o painel oferece orientação sobre como produzir alimentos em um mundo cuja população deve saltar de 7 bilhões para mais de 9 bilhões em meados do século, com uma dieta que muda para um maior consumo de calorias, gordura e carne.

Durante este período, os gases estufa emitidos nas últimas décadas terão um efeito inevitável no sistema climático, aumentando o risco de secas e inundações. "O desafio que temos à frente globalmente é realmente bem difícil até mesmo de compreender", reconheceu Megan Clark, chefe-executiva da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), da Austrália.

"Precisamos aumentar a produção mundial de alimentos até 2050 entre 30% e 80% e reduzir nossas emissões [de carbono] pela metade", acrescentou. "Dito de outra forma, à medida que meus filhos forem envelhecendo nos próximos 60 anos, teremos que produzir tanta comida quanto foi produzida na história humana e, ao mesmo tempo durante este período teremos que aprender a cortar pela metade nossa taxa de emissões da agricultura", continuou.

O painel divulgou um resumo com sete recomendações e o relatório final será publicado no começo do ano que vem.

As propostas incluem um grande foco no controle dos resíduos, através da implantação de cadeias de abastecimento mais inteligentes, já que cerca de um terço da comida produzida para consumo humano se perde ou é desperdiçada ao longo do sistema alimentar global.

Métodos sustentáveis e apoio aos agricultores pobres e pequenos também foram promovidos. O uso excessivo de fertilizantes foi citado como um problema, bem como métodos que destroem as terras produtivas. "Estima-se que 12 milhões de hectares de terras agricultáveis e seu potencial de produzir 20 milhões de toneladas de grãos se percam anualmente devido à degradação do solo", disse Lin Erda, diretora do Centro de Pesquisas de Agricultura e Mudanças Climáticas da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas.

Perguntado qual deveria ser o papel de cultivos geneticamente modificados, Clark afirmou que "a comissão não escolhe vencedores com relação à agricultura". "Olhamos para os principais fatores que aumentarão a resiliência, a produtividade e o uso sustentável", disse Clark. "Realmente, chegamos à conclusão de que é preciso diversificar as respostas, da orgânica à genética", concluiu.

domingo, 13 de novembro de 2011

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Jovens Fortes e Ousados

Cada um de nós somos templos do Espírito Santo. Ele habita em nós. Nós fomos e somos os alvos do amor de Deus, da obra redentora. Não podemos esquecer que somos de Deus. Que dentro de nós há um potencial, fruto da obra de salvação de Jesus Cristo.

Por causa dessa graça somos capazes e fortalecidos para sermos inteiramente e para sempre de Deus. Não por nossas forças, mas pelo amor de Deus entranhado em nós. Não existem palavras que expressem a manifestação do amor Deus, seus milagres, curas, intervenções em nossas vidas e a liberdade que Ele nos concede. Seria muita ingratidão de nossa parte esquecer tudo isso. Na verdade seria uma negligência não darmos o devido valor a tal graça sobre nós.

São João em sua carta diz: Jovens vós sois fortes. (cf. I João 2,14). E isso não pode ser apenas uma frase de efeito, ou um versículo bíblico que eu sei décor. Deve ser reconhecido como um dom, um potencial, para vencermos tudo. A luta contra o pecado, contra as seduções desse mundo é por demais desafiadora. A tal ponto de pensarmos que é impossível não ceder e não se entregar ao pecado. De certo ângulo parece que Deus não tem poder de sedução como o mundo tem sobre nós.



Mas essa não é a verdade! Aqueles que usam da força, do dom existente dentro de si são capazes de permanecer fiéis à vontade de Deus. Há um texto no Antigo Testamento que muito me chama atenção. Ele se encontra em Daniel 3, 1.3-6.12-23.24-26:

“O rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, de sessenta côvados de altura e seis de largura, e erigiu-a na planície de Dura, na província de Babilônia. Assim sendo, reuniram-se os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juristas, os juízes e todas as autoridades das províncias para a inauguração da estátua ereta pelo rei, diante da qual todos permaneceram de pé.Então foi feita por um arauto a seguinte proclamação: Povos, nações, {gentes de todas} as línguas, eis o que se traz a vosso conhecimento: no momento em que ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da cítara, da lira, da harpa, da cornamusa e de toda espécie de instrumentos de música, vós vos prostrareis em adoração diante da estátua de ouro ereta pelo rei Nabucodonosor. Quem não se prostrar para adorá-la será precipitado sem demora na fornalha ardente! Pois bem, há aí alguns judeus, a quem confiaste a administração da província de Babilônia, Sidrac, Misac e Abdênago, os quais não tomaram conhecimento do teu edito, ó rei: não rendem culto algum a teus deuses e não adoram a estátua que erigiste.

Nabucodonosor, dominado por uma cólera violenta, ordenou o comparecimento de Sidrac, Misac e Abdênago, os quais foram imediatamente trazidos à presença do rei. Nabucodonosor disse-lhes: É verdade, Sidrac, Misac e Abdênago, que recusais o culto a meus deuses e a adoração à estátua de ouro que erigi? Pois bem, estais prontos, no momento em que ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da cítara, da lira, da harpa, da cornamusa e de toda espécie de instrumentos de música, a vos prostrardes em adoração diante da estátua que eu fiz?… Se não o fizerdes, sereis precipitados de relance na fornalha ardente; e qual é o deus que poderia livrar-vos de minha mão?

Sidrac, Misac e Abdênago responderam ao rei Nabucodonosor: De nada vale responder-te a esse respeito. Se assim deve ser, o Deus a quem nós servimos pode nos livrar da fornalha ardente e mesmo, ó rei, de tua mão.    E mesmo que não o fizesse, saibas, ó rei, que nós não renderemos culto algum a teus deuses e que nós não adoraremos a estátua de ouro que erigiste. Então a fúria de Nabucodonosor desencadeou-se contra Sidrac, Misac e Abdênago; os traços de seu rosto alteraram-se e ele elevou a voz para ordenar que se aquecesse a fornalha sete vezes mais que de costume.

Depois deu ordem aos soldados mais vigorosos de suas tropas para amarrar Sidrac, Misac e Abdênago, e jogá-los na fornalha ardente. Esses homens foram então imediatamente amarrados com suas túnicas, vestes, mantos e suas outras roupas, e jogados na fornalha ardente.

Mas os homens que, por ordem urgente do rei, tinham superaquecido a fornalha e lá jogado Sidrac, Misac e Abdênago, foram mortos pelas chamas, no momento em que eram precipitados na fornalha os três jovens amarrados.”

Como é emocionante vermos esse modelo de jovem. Traz até um clima de heroísmo. Então Nabucodonosor, admirado, levantou-se precipitadamente, dizendo a seus conselheiros: Não foram três homens amarrados que jogamos no fogo? Certamente, majestade, responderam. Pois bem, replicou o rei, eu vejo quatro homens soltos, que passeiam impunemente no meio do fogo; o quarto tem a aparência de um filho dos deuses. Dito isto, Nabucodonosor, aproximando-se da porta da fornalha, exclamou: Sidrac, Misac, Abdênago, servos do Deus Altíssimo, saí, vinde! Então Sidrac, Misac e Abdênago saíram do meio do fogo”.

Meus amados, o mundo em que vivemos e a sociedade que nos rodeia precisa de jovens assim. Prontos para o que der e vier. Sem muitas dificuldades podemos identificar as inúmeras estátuas de bronze que o mundo ergue para que os jovens adorem: CORPO, SEXUALIDADE, ESTUDOS, CORRUPÇÃO, VELOCIDADE, TÍTULOS ETC.

E por causas desses deuses somos capazes de esquecer ou desprezar o próprio Deus. É urgente que se levante no mundo uma juventude impulsionada por uma audácia, que sem medo das conseqüências, diz NÃO aos reis desse mundo e abraça a verdade de Deus com um SIM incondicional. É urgente que nós jovens sejamos sinais nesse mundo e não marcados pelos sinais desses.

Sem medo de ser RADICAL eu digo: O MUNDO PRECISA DE JOVENS QUE NÃO ASSISTAM O BIG BROTHER (sem posição entre emissora A ou B). O MUNDO PRECISA DE JOVENS QUE NÃO COMPACTUAM COM A PRÁTICA DO “FICA”, DE JOVENS QUE SE GUARDAM VIRGENS PELA VIVÊNCIA DA CASTIDADE, QUE LEVAM A BÍBLIA PARA ESCOLA, PARA A UNIVERSIDADE ETC.

Pode-se pensar: Que exagero! Pra que tudo isso? Mas é quando eu olho para o mundo com suas modas seus programas de TV maliciosos e pornográficos, suas gírias de duplos sentidos e outras de sentidos muito claros, suas músicas satânicas, estilos e modas depressivas que digo: que exagero! Pra que tudo isso?

Em Romanos 8,19 vai dizer: a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus. A juventude desse mundo aguarda ansiosamente a manifestação dos jovens de Deus.

Que dentro de nós brote esse desejo de sermos para Deus e para o mundo como esses jovens da fornalha: Santos e invencíveis, prontos para o que der e vier, sem medo de perder nada para ganhar em Deus. Quando o rei Nabucodonosor vai ao encontro dos jovens que louvavam dentro do fogo, ele viu um quarto homem, com aparência de um filho de Deus. Ou seja, Deus está conosco!

Que o nosso sim seja pra sempre, que nada nos separe de Deus.

Arthur da Nóbrega Rocha
Consagrado na Comunidade de Vida Remidos no Senhor


sexta-feira, 15 de julho de 2011

Os líderes: nascem ou se formam?

A liderança é questão de caráter. O caráter é algo que podemos configurar, moldar e fortalecer. Fortalecemos nosso caráter através da pratica habitual de hábitos morais saudáveis, chamados virtudes éticas ou morais. As virtudes são qualidades da mente, da vontade e do coração. Nós as adquirimos com nossos esforços


O caráter não é o temperamento. O temperamento é inato, é um produto da natureza. Pode ajudar no desenvolvimento de algumas virtudes e impedir outras. Se sou apaixonado por natureza, pode parecer-me relativamente fácil a prática da valentia, mas se sou reticente, pode ser que a coragem se converta para mim em um autêntico desafio. Contudo, precisamente meus defeitos de temperamento me fazem consciente de que devo lutar para superá-los. Deste modo, os defeitos se convertem em força moral.


As virtudes imprimem caráter em nosso temperamento, de modo que este já não nos domina. Se me faltam virtudes, serei um escravo de meu temperamento. As virtudes regulam o temperamento. Uma pessoa impulsiva, inspirada pela virtude da prudência, converte-se em mais reflexiva. A pessoa ansiosa e duvidosa, inspirada pela mesma virtude, sente-se impulsionada a atuar e a não demorar. As virtudes estabilizam nossa personalidade e relegam as manifestações extremas.


O temperamento não tem que ser um obstáculo para a liderança. O obstáculo real é a falta de caráter, que nos deixa rapidamente secos, sem energia moral, e bastante incapazes para exercer a liderança.


Há quem pensa que se tem que ter nascido líder, que alguns têm um dom especial e outros não, que a liderança é algo ligado ao temperamento ou à experiência. Nem todos podem ser Roosevelt ou um De Gaule ou um Churchill, pensam. Nada mais longe da verdade. A liderança não está reservada a uma elite. Não é uma vocação de poucos. Chefes de estado, professores, profissionais industriais, donas de casa, responsáveis militares, agentes de saúde, todos exercem a liderança.


As pessoas esperam que façam o justo, que sejam homens e mulheres de caráter e virtude, motivados por uma visão magnânima para com as pessoas que têm a seu cargo. E se sentem defraudados se falham. Os líderes têm de ser virtuosos para serem líderes reais e, já que a virtude é um hábito que se adquire com a prática, dizemos que os líderes não nascem, eles se fazem.


O que significa que o caráter é a virtude em ação?


Que as virtudes são mais que simples valores. As virtudes são forças dinâmicas. De fato, sua raiz em latim, «virtus», vem de força ou poder. Cada uma, se é praticada habitualmente, reafirma progressivamente a própria capacidade para atuar.


Em meu livro me refiro a seis virtudes. A magnanimidade, para lutar por coisas grandes e propor desafios a si mesmo e aos demais. A humildade, para superar o egoísmo e acostumar-se a servir os outros. A prudência, para tomar decisões justas. A valentia, para manter-se e resistir a todo tipo de pressões. O autocontrole, para subordinar as paixões ao espírito e ao cumprimento da missão, e a justiça, para dar a cada um o que merece.


Os líderes são magnânimos em seus sonhos, visões e sentido de missão, em sua capacidade para esperar, confiança e ousadia, em seu entusiasmo pelo esforço que requer o êxito em seu trabalho. Também em sua propensão para usar meios proporcionados a seus objetivos, em sua capacidade para lançar desafios a si mesmos e aos que têm ao redor. A magnanimidade do líder está dirigida a servir os outros, sua família, clientes, colegas, seu país e toda a humanidade.


Esta nobre ambição para servir é um dos frutos da linda virtude da humildade. As virtudes não tomam o lugar da competência profissional, mas são parte desta.


Posso ter um diploma em psicologia e trabalhar como consultor, mas se não tenho prudência, eu me encontrarei com dificuldades para dar conselho a meus clientes.


Posso ter um MBA [mestrado em administração de empresas] e ser um executivo de uma grande corporação, muito bem, mas se não tenho valentia, minha capacidade para liderar ante a dificuldade deixa a desejar. A competência profissional exige mais que possuir técnicas ou conhecimentos acadêmicos; implica a capacidade para usar este conhecimento para que dê frutos.


Qualquer pessoa é capaz de adquirir e crescer nas virtudes?


Nem todo mundo se converte em presidente ou primeiro-ministro, nem pode ganhar o Prêmio Nobel de Literatura ou jogar nos New York Yankees. Mas todo mundo pode crescer na virtude. A liderança não exclui ninguém. A virtude é um hábito e se adquire por repetição.


Se atuarmos com valentia repetidamente, no final o faremos como um costume. Se repetidamente atuamos com humildade, ela se converterá em uma ação habitual. A infância e a adolescência desempenham um papel muito importante em nossas opções futuras. Nossos pais nos influenciam para discernir entre o bem e o mal. Mas o crescimento por si só e a formação não determinam o caráter. Não é raro que crianças que tenham crescido na mesma família usem a liberdade de maneira diferente e se convertam em pessoas muito diferentes.


Como o temperamento, nosso meio cultural pode nos ajudar a desenvolver certas virtudes. Em uma sociedade marcada pela sensualidade, pode ser duro cultivar virtudes como o autocontrole e a valentia.


Pode ser duro viver virtuosamente no contexto cultural atual, mas não é impossível. A capacidade de dizer «não» nos confere um grande poder. Somos livres para decidir até que ponto deixamos que a cultura atual nos afete.


Escolhemos livremente ser o que somos. Vício ou virtude? Depende de nós. A virtude implica e depende da liberdade. Não se pode forçar, é algo que escolhemos livremente. Se as praticamos assiduamente, o caminho para a liderança está aberto. A liderança começa quando usamos nossa responsabilidade livremente.


Por Miriam Díez i Bosch


Fonte: Zenit

terça-feira, 5 de julho de 2011

Relacionamentos Curados

Via Rápida
Era uma noite de inverno e eu estava muito ocupada, preparando apressadamente o jantar, quando o telefone tocou. Uma voz que eu não ouvia há muito tempo, do outro lado dizia: "Será que você poderia vir aqui? Estou precisando de ajuda", disse ele. Cheguei à casa deles, linda e luxuosa, com carros à entrada da garagem, e lindas crianças - tudo dando a impressão de um lar próspero e feliz. Mas lá dentro, encontrei somente sofrimento, malas arrumadas (dela), lágrimas, amargura e desespero. Já estava tomada a decisão de se separarem. Conversamos um pouco, não chegando a nenhum lugar.
Perguntei-lhe se ela daria uma volta de carro comigo, sozinha, para tomarmos uma xícara de café; só para conversarmos. Voltamos para minha casa e eu entrei para pegar um livrinho e perguntei-lhe se ela me prometeria apenas uma coisa: que ela lesse o livro cuidadosamente e se submetesse ao Senhor Jesus! Aí, se ela ainda quisesse deixar o marido, que então se fosse, pois nada mais haveria que eu pudesse fazer. Isto foi há três anos e até hoje eles estão juntos como família. O arrependimento é uma via rápida para o coração do Pai, ao Seu amor e o Seu perdão.

Vendo-nos Como Realmente Somos
Quando Deus abre os nossos olhos para enxergarmos as profundezas do nosso pecado, nos afligiremos com o que fizemos a Deus e aos nossos semelhantes. Então, ao invés de chorarmos pelo que os outros têm feito a nós, choraremos por aquilo que nós fizemos a eles. Veremos tudo sob a luz da verdade de Deus, ao invés da meia-luz do maligno, que engrandece os pecados das outras pessoas e encobre os nossos próprios. No final, as falhas da outra pessoa parecem quase inexistentes em comparação com as nossas.
Há um poder criador no arrependimento, pois ele age retroativamente, redimindo o passado e restaurando o que fora destruído pelo pecado.

Dando o Primeiro Passo
Uma mulher que vivia com a sua mãe idosa e doente, estava profundamente amargurada, porque sentia que a mãe estava tornando a sua vida insuportável. Mas, durante uns poucos dias calmos que passou fora de casa, sentiu-se atingida pela Palavra de Deus. De repente, ela viu tudo sob uma luz diferente. Reconheceu que ela mesma tinha culpa: suas reações eram erradas. Começaram a fluir lágrimas de arrependimento. No caminho de volta para casa, ela comprou flores para a sua mãe. E o que aconteceu? Depois que a filha deu o primeiro passo, o amor foi vitorioso. Mãe e filha se reconciliaram. Ainda outros relacionamentos foram transformados. A mãe tinha desentendimentos com vários vizinhos do vilarejo. Mas com a ajuda da filha, ela enviou uma carta para cada um deles, pedindo perdão... Uma onda de reconciliação varreu aquele vilarejo.

O Filho Perdido Há Muito Tempo
Na história do filho perdido, o pai deu-lhe as boas vindas de volta à casa, dando-lhe roupas finas em lugar dos trapos, e um anel como expressão do seu amor. Aqueles que lamentam seus próprios erros são os verdadeiramente felizes - felizes pelas bênçãos e o perdão de Deus. Tendo desperdiçado oportunidades e recursos e tendo arruinado as suas vidas, eles sabem que nada merecem e que são culpados aos olhos de Deus e das pessoas, e sem direito algum de esperarem qualquer favor ou palavra de perdão. Vocês podem imaginar o alívio de um homem condenado, ao ouvir que foi perdoado? Da mesma forma, o reino do céu, onde há cânticos e regozijo, despontará em um coração que recebe o perdão. Somos todos filhos de Adão, expulsos do paraíso, mas tendo ainda um profundo desejo de ter de volta o paraíso perdido.
E o paraíso, o céu, podem ser nossos aqui e agora, quando nos acertamos com Deus e uns com os outros

Adaptado de Arrependimento - O Caminho mais Certo para a Felicidade e Viver em Reconciliação, de M.Basilea Schlink

terça-feira, 28 de junho de 2011

Primeira mensagem de um Papa por Twitter

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 28 de junho de 2011 (ZENIT.org) – Bento XVI enviou nesta terça-feira uma mensagem pelo Twitter para anunciar a publicação do novo portal informativo da Santa Sé, o News.va.

“Queridos amigos, acabo de lançar News.va. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Com minhas orações e bênçãos, Benedictus XVI", tuitou o bispo de Roma nesta tarde.
Ainda que o perfil Vatican-news no Twitter exista há algum tempo, esta foi a primeira mensagem assinada pelo Papa.
Em um encontro, celebrado no palácio apostólico, o Papa escolheu a opção “Publish” em um iPad para publicar oficialmente este novo portal vaticano, que recolhe a informação emitida pelos meios de comunicação da Santa Sé.
No encontro, participaram o presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, arcebispo Claudio Maria Celli, Thaddeus Jones, oficial desse organismo vaticano, e Gustavo Entrala, fundador de 101, a agência que realizou o projeto.
O Papa pôde ler as notícias do dia publicadas nesse portal por L'Osservatore Romano, a Sala de Imprensa da Santa Sé, Rádio Vaticano, o Vatican Information Service (VIS), a agência missionária Fides, e o Centro Televisivo Vaticano.

As Ditaduras da Modernidade

Vejamos algumas das ditaduras da modernidade.
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1. A ditadura do relativismo. A expressão é de Bento XVI. A filosofia do relativismo inverte valores, torna bem o que é mal, cultua o ego, os gostos, os desejos, as satisfações e o bem-estar individual. Nega os valores absolutos, a ética, as certezas, os rumos, as seguranças. Há uma "soberba filosófica" que leva cada um julgar-se absolutamente dono de suas decisões, aceitando cada vez menos as orientações éticas. Impõe-se o clima de permissividade e sensualidade na lógica do individualismo. Não podemos sacrificar a verdade objetiva, nem as normas éticas universais, para sermos escravos do relativismo.

2. A ditadura do esteticismo. Pessoas morrem por obediência ao esteticismo, ao culto do corpo esbelto, magro, bem ao gosto do figurino da moda consumista. Morre-se em cirurgias plásticas, lipoaspiração e jejum das pessoas escravizadas pelas regras e leis do "tipo modelo". Como sofrem e até são excluídas as pessoas que não correspondem às medidas de um corpo atraente. Todos querem ser magros e malham o corpo sob o comando da escravização da moda. Morre-se por causa da ditadura da magreza. Cuidar do corpo é um dever e a beleza é reflexo de Deus, mas o esteticismo é um engano.

3. A ditadura da cultura homoerótica. As pessoas homossexuais devem ser respeitadas. Os assassinatos de pessoas gays é uma exarcebação do machismo, da discriminação e do abuso do preconceito. Todavia, a Proposta de Lei contra a homofobia, assim como está hoje em discussão, é um revanchismo exagerado. Que as pessoas com orientação sexual homoerótica têm direito à segurança jurídica e ao contrato civil é uma coisa. Outra coisa é o despotismo vigente no projeto contra a homofobia.

4. A ditadura filiarcal. O centro da família moderna hoje são os filhos. Crescem endeusados, sem limites e com poucos valores. Tornam-se onipotentes e depois delinqüentes. Os pais passam a ser reféns de suas crianças egocêntricas. Elas determinam o que comer, o que vestir, onde passear, o que comprar. São duplamente vítimas, do consumismo e filiarcalismo. O centro da família é o casal, não as crianças. Elas precisam do referencial paterno e materno. Criança folgada crescerá descentrada, e dificilmente aceitará a disciplina, os limites e os valores objetivos.

5. A ditadura do consumismo. A ideologia do bem-estar leva à busca da satisfação imediata, do desejo de consumo, da criação de necessidades desnecessárias. A avidez do mercado descontrola o desejo das crianças, jovens e adultos. Legitima-se que os desejos se tornem felicidade. Os pobres são perdedores, explorados, excluídos, supérfluos e descartáveis. A desigualdade social é uma iniqüidade que precisa ser superada. O consumismo nos trouxe a depredação da natureza, a desigualdade cada vez maior entre ricos e pobres, a ruína dos valores, as doenças típicas da modernidade.

Fonte: Associação do Senhor Jesus 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Amar com todo o ser: corpo, espírito e coração

O ser humano é um ser corpóreo. Ainda que estejamos representados por matéria, o corpo não é um objeto entre outros objetos. Ao contrario, o corpo é uma palavra, uma manifestação física e material do mundo espiritual e mental. Tudo aquilo que pensamos se reflete inevitavelmente em nosso corpo, tudo aquilo que sentimos também se vê manifestado fisicamente em nossa aparência. É por isso que tem que ser cuidadoso e fazer uma grande consciência sobre tudo aquilo que pensamos e sentimos em relação a nós mesmos e em relação aos demais.

Aquelas pessoas que estão submergidas em uma grande consciência espiritual e brindam luz, harmonia, e conhecimento ao mundo, geralmente tem um aspecto, estético e saudável, e sua presença transmite paz, no entanto, todas aquelas pessoas que machucam, com o pensamento e através das suas ações, geralmente tem um aspecto desagradável que é unicamente um reflexo do seu coração.
João Paulo II afirma, “Vosso corpo esteja ao serviço de vosso eu profundo, que vossos gestos, vossos olhares, sejam sempre o reflexo da vossa alma. Adoração ao corpo? Não, jamais! Depreciação do corpo? Tampouco. Domínio do corpo? Sim! Transfiguração do corpo? Um sim mais rotundo ainda!”

É aqui onde devemos nos deter a refletir a maneira que a natureza nos fez, com grande sabedoria determinou que nosso corpo unicamente fosse reflexo daquilo que levamos dentro, e então nossos mais profundos e secreto interior fossem revelados a partir de nosso aspecto externo.

Pensemos em um estudante, no esportista que põe todas as suas energias ao serviço de seu respectivo ideal. Pensemos no pai ou na mãe cujo rosto inclinado sobre seu filho reflete com profundidade as alegrias da paternidade e da maternidade. Pensemos no músico ou no ator, que se identifica com os autores aos que fazem reviver. Vejamos os sacerdotes, consagradas, seminaristas, radicalmente entregados à contemplação e à meditação deixando transluzir Deus através do seu rosto.

Toda nossa dignidade consiste, pois, no pensamento “Trabalhemos pelo tanto em pensar bem”. Recordemos que cada um de nós vale o que vale nosso coração, disse o Beato João Paulo II. Toda a história da humanidade se resume a uma necessidade de amar e ser amados.

O coração é a abertura de todo ser à existência dos demais, a capacidade de adivinhá-los, de compreendê-los. E uma sensibilidade assim, verdadeira e profunda, o faz vulnerável. Por isso, alguns se sentem tentados de se livrar dela se endurecendo.

Amar é, pois, essencialmente se doar aos demais. Longe de ser uma inclinação instintiva, o amor é uma decisão consciente da vontade de ir aos outros. Para poder amar de verdade é necessário se desprender de muitas coisas, e principalmente de você mesmo, se dar gratuitamente, amar até o fim. Essa desapropriação de si, projeto de longo prazo, é exaustiva e gratificante. É fonte de equilíbrio. É o segredo da felicidade.
Fonte: http://almas.com.mx

domingo, 26 de junho de 2011

Música: Meu Clamor - Uma das minhas composições.


Suba ao céu o meu clamor
Que minha voz seja atendida Senhor
Suba ao céu minha oração
Como incenso...
De agradável perfume a Ti

Se a angústia e a dor, me vem visitar
Procurarei a Ti meu Deus
Minhas mãos sem descansar a levantar
Me lembrarei dos atos Teus

Fez o mar se abrir, sobre a água andar
A muitos curar, outros libertar
Tu és Santo oh Deus
Outro Deus não há
Os prodígios Teus, vem realizar

Santo, Santo, Santo, outro Deus, não há...

Aborto: solução para quem?

Quando falamos sobre o aborto logo aparecem as duas posições radicais: a favor ou em contra. Por quê? Porque não existem posições “mornas” em relação à vida humana. Ou ela é sagrada ou ela é lixo. Ou ela vale o sangue de Cristo ou ela não vale nada. Por isso neste tema o cristão não pode ter sua “própria” opinião e com isso ser indiferente a esta guerra entre a civilização da morte e civilização da vida que acontece a cada minuto, na nossa frente.



Abortar é o pior crime da humanidade porque se faz ao mais indefeso de todos. Dizem que Deus escolheu o seio de mãe para a nova vida por ser ali o lugar mais protegido. Que tragédia! Onde o bebê estaria mais protegido esta sendo mais atacado. Não caiamos neste conto ridículo de que a vida começa ‘a partir de tal semana’ ou a partir do surgimento de ‘tal órgão’. A vida humana é vida humana desde o inicio ou não se é nunca, assim como eu sou eu desde o primeiro dia da minha concepção até hoje, mesmo com todas as mudanças que existiram interiormente e exteriormente.

O aborto não é solução para ninguém. O aborto é o fruto de uma sociedade que não reconhece o obvio: se está auto-destruindo! Não é abortando e sim educando que vamos encontrar a solução para os problemas que hoje nos atingem. Dizem que educar demora, e é verdade, mas o trauma do aborto para aquelas que a fazem não demora muito mais para sair do coração e da mente?

Na verdade, cada um de nós temos que aceitar e defender a vida - toda vida humana- como ela é: um inefável dom de Deus, presente que recebemos dAquele que nos amou primeiro e nos chama para viver na eterna felicidade com Ele. Ah, se nós cristãos não fossemos indiferentes! A luta já estaria ganha e a vida já estaria protegida!

sábado, 25 de junho de 2011

O PERDÃO QUE CURA

"É Ele quem perdoa as tuas faltas e sara as tuas enfermidades" (Sl 102, 3).


Perdoar significa doar-se, dar o perdão por inteiro e de todo o coração. Perdoar é dar uma nova chance, uma oportunidade para quem caiu poder se levantar e recomeçar. O perdão que cura não é simplesmente fruto do desejo e da vontade, mas de uma decisão tomada de maneira livre e consciente por alguém que resolve colocar um fim no sofrimento causado pelas mágoas e ressentimentos guardados.

Perdoar e ser curado não é um ato mágico, mas um processo que exige paciência e perseverança. O perdão é um remédio eficaz que atinge a raiz da mágoa e da culpa que nos faz adoecer. Para que o remédio do perdão chegue até à raiz do problema é necessário mexer na ferida para se chegar à causa mais profunda da mágoa e da culpa e, assim, conseguir perdoar e ser perdoado de todo o coração.


Há pessoas que dizem: "eu não quero mais tocar nesse assunto; coloquei uma pedra sobre isso". Na verdade estão com medo de sofrer ao mexer na ferida. Preferem negar a enfrentar o problema.


Um dia, Pedro perguntou a Jesus: "Senhor, quantas vezes devo perdoar meu irmão quando ele pecar contra mim?" (Mt 18, 21). A resposta do Mestre foi clara: "setenta vezes sete" (Mt 18, 22), que significa sempre e de todo coração! Mas, até quando? Até o coração ficar livre da mágoa e do ressentimento. Não se trata de esquecer, mas, sim, de lembrar sem sofrer. Quando for possível a reconciliação deve acompanhar o ato de dar ou receber o perdão, embora haja situações em que a reconciliação não seja mais possível. Por exemplo: uma amizade rompida, um casamento desfeito. Mas em qualquer circunstância o perdão é sempre necessário.


Por experiência, posso afirmar, sem dúvida, que nós sofremos muito mais pelas conseqüências das culpas, mágoas e ressentimentos guardados, do que pelas ofensas recebidas. Muitos prejuízos podem se recuperados, mas os danos provocados diretamente pela mágoa só podem ser curados através de muita oração e exercícios de perdão. O tratamento e a cura para a mágoa é dar o perdão, é perdoar. É com o perdão ensinado e testemunhado por Jesus que se deve perdoar: "Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem" (Lc 23, 34).


Graças a esse perdão conquistado por Jesus na cruz e no Calvário fomos curados, libertos e salvos. Para ser curado é necessário fazer o exercício e a oração do perdão pelo menos por 30 dias. Procure um lugar de silêncio e coloque-se na presença de Deus. Invoque o Espírito Santo... Imagine cada pessoa, viva ou falecida, que você precisa perdoar e reze com fé a oração a seguir, ou outra semelhante: "(o nome da pessoa) em nome de Jesus seja perdoado de todo o meu coração. Assim como eu fui perdoado pelo Senhor Jesus, eu te perdôo, porque você não sabia o que estava fazendo contra mim. Eu te declaro livre de toda culpa que possa estar no seu coração e que ainda faz você sofrer. Eu estou livre de toda mágoa e ressentimento que eu tinha contra você. Ofereço meu abraço de perdão e de reconciliação, e te desejo a paz de Jesus. Amém!"

Nós não somos apenas ofendidos, mas ofendemos também. Por isso, quando tomamos consciência dos prejuízos que causamos aos outros, por aquilo que falamos ou fizemos de mal, é necessário pedir e receber o perdão, para sermos curados da culpa, da acusação e da condenação que pesam sobre nós. E, para nos sentirmos perdoados não basta apenas um simples pedido de perdão. Muitas vezes é necessário fazer a reparação do mal causado. Há muitos exemplos de reparação na Bíblia: Zaqueu, chefe dos cobradores de impostos, se arrependeu, pediu perdão e foi perdoado. Mas, para tomar posse da cura que vem do perdão, decidiu fazer reparação: "Senhor, vou dar metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado alguém, restituirei o quádruplo" (Lc 19, 8).


Fonte: Associação do Senhor Jesus

Papai: “Você também é importante para o meu desenvolvimento!

Nunca é tarde para refletir sobre a importância que tem a presença, tanto física como emocional, do pai para o desenvolvimento dos filhos. 

Estamos muito acostumados a viver em um matriarcado encoberto, um pseudopatriarcado, quando na verdade esta cultura gira em torno da mulher. No entanto, considero que já é tempo de dar passagem ao homem e deixá-lo exercer sua função dentro da sociedade e da família, uma função que vai além daquela de provedor. Refiro-me à função paterna que, se não soubessem os homens que são pais, é de vital importância para o desenvolvimento de seus filhos, assim como foi para o próprio desenvolvimento deles mesmos.
Já estamos cansados de responsabilizar as mães por tudo o que não funciona bem no processo de desenvolvimento psíquico de um menino, no entanto, é o pai quem ajuda os meninos (varões) a formar uma identidade masculina e quem ajuda as meninas a se sentir mulheres atraentes, bonitas, dignas de ser queridas por um homem. A mãe influi, com certeza. Não pretendo deslocar agora a responsabilidade completa para a figura paterna, no entanto, insisto, é o pai que, com sua presença e com sua “lei” auxilia a mãe e a criança para que eles possam se separar emocionalmente e, então, a criança possa ser concebida como um ser independente e não como um apêndice ou uma extensão da mãe.

Com isto, quero dizer que é o pai que vem representar o terceiro em discórdia na relação dual entre a criança e a mãe, vem romper com esta simbiose que, ao não alcançar a separação, fundiria a criança com sua mãe (falando em termos psíquicos) e a transformaria em uma pessoa que não poderia estabelecer um contato com o mundo por si mesma, ou seja, levaria a criança à loucura, a uma fusão total de identidade com a mãe. Graças a isto (que o pai seja o terceiro em discórdia), os meninos conseguem estabelecer sua identidade masculina, e as meninas sua identidade feminina, é o que vai colocar a “cereja sobre a torta” para que este difícil processo de consolidar uma identidade própria, não somente a identidade psicossexual, seja levada a cabo com sucesso. Vocês acham pouco?

E tem mais, o pai impõe a lei, isto é, é quem deve estabelecer as normas, é o representante da autoridade. Alguma vez escutei por aí a seguinte frase: “A mãe é amor com autoridade e o pai é autoridade com amor” e, na verdade, nada me parece mais certo. Imaginem, senhores pais de família, que de vocês depende que nossas crianças aprendam a respeitar a lei, isto é, a autoridade. Bem, se não ficou suficientemente claro, explicaremos de forma mais dramática.

Se o pai não ensinar aos filhos a respeitar a autoridade, estas crianças serão pessoas que não terão a capacidade para viver em sociedade, pois não será possível que respeitem os seus semelhantes porque não haverá quem lhes tenha ensinado a respeitá-los com seu exemplo. Com certeza, não se trata de impor esta lei com golpes, porque já sabemos os resultados disso hoje em dia.

Desta maneira, meus senhores, vocês serão os responsáveis por formar os delinqüentes que andem pelas ruas roubando e seqüestrando as pessoas, ou os banqueiros que cometem fraudes ou os políticos que somente se preocupam por seu bem-estar, sem dar importância às conseqüências de seus atos, inclusive para toda uma nação. Ficou ainda alguma dúvida sobre a importância de sua presença para o desenvolvimento de seus filhos?

Vejam bem, vocês poderão argumentar: “O problema é que as mulheres não nos deixam participar” ou “Isto é coisa de mulheres”. Prezados senhores, estamos em pleno século XXI! Ou ainda, a recente: “O que acontece é que não temos tempo para nada”, porém quem quer pode e encontra tempo. É muito importante que fique claro que a mesma importância de pagar as contas e as mensalidades dos colégios, ou outras coisas mais, tem também dedicar tempo a nossos filhos. Não duvido que existam mulheres que ainda não permitam a participação do pai nas tarefas de educar e criar o filho, mas os senhores têm ou não vontade própria? Claro que é muito mais fácil ver as coisas de fora e depois dar a culpa aos demais daquilo que não fazemos.

Por outro lado, estão – infelizmente, cada vez com mais freqüência – as famílias monoparentais, as quais em sua maioria, estão formadas pela mãe e filhos, brilhando por sua ausência o pai. A estas mães, encarregadas pela criação dos filhos, eu as convidaria a realizar uma auto-observação e auto-avaliação sobre como falam a seus filhos e filhas sobre o pai deles, como se referem a ele, o que estão lhes transmitindo, que idéia de homem estão projetando em seus próprios filhos do sexo masculino e em suas filhas. Nos casos como este, a figura paterna será transmitida pela mãe que, consciente ou inconscientemente transmitirá a seus filhos a boa ou má imagem masculina. Isto será realizado a partir de sua própria experiência (boa ou má) com a figura masculina, isto é, do relacionamento com seu próprio pai e com seu ex-cônjuge.

Reflitam sobre isso e, uma vez que tenham respondido a estas perguntas, tantas coisas poderão ser explicadas. Não devemos descarregar sobre nossos filhos as relações frustradas com os pais deles, finalmente são seus pais e vocês os escolheram, o que não significa que tenhamos de mentir aos filhos sobre quem é, na verdade, o pai deles. Deixem que sejam eles que, por si mesmos, possam perceber isso e os ajudem a curar essa má imagem do pai. Já que é, a partir dessa atitude, que eles formarão uma idéia sobre o que significa não só ser pai, como também como ser uma pessoa íntegra, comprometida, integrada à sociedade participativa, que trabalhe em benefício de todos.

Assim que, espero tê-los deixado com “a pulga atrás da orelha” e que possamos nos conscientizar, cada vez mais, tanto homens como mulheres, da importância de ser pai em toda a extensão da palavra. Lembrem de que o pai é quem nos ajuda a consolidar nosso:

• Sentido de identidade pessoal.
• Identidade masculina ou feminina, segundo o caso.
• Forma a moral e o respeito pela autoridade e por nossos semelhantes.

De modo que, pais de família, os exorto a que participem ativamente e não agressivamente da formação de seus filhos. Sejam protagonistas e não expectadores da vida e do desenvolvimento de seus filhos, que eles – mais cedo ou mais tarde – certamente agradecerão.

Por: Bertha Parra Lemus

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O caminho para a maturidade afetiva e humana

"A maturidade humana e, em particular, a afetiva, exigem uma formação clara e sólida para uma liberdade que se apresenta como obediência convencida e cordial à verdade do próprio ser, ao significado da própria existência, ou seja, ao dom sincero de si mesmo, como caminho e conteúdo fundamental da autêntica realização pessoal. Isto é importante para a resposta que se há de dar à vocação e para ser fiéis à mesma e aos compromissos que ela envolve, inclusive nos momentos difíceis" (S. João Paulo II) Pastores DaboVobis No. 44.
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A maturidade afetiva e sexual é atingir o máximo desenvolvimento que uma pessoa pode atingir quanto a emoções e relações humanas, ou seja, é desenvolver nossa capacidade de amar e de ser amados. Porém, para poder amar os outros, precisamos ter uma correta auto-estima, por isso é preciso, primeiro:

Saber aceitar-se:

1) Aceite seu corpo e sua forma de ser

Você deve saber se aceitar como é; todo seu corpo, talvez tenha alguma cicatriz ou exista alguma parte que não considere muito atraente, mas todo seu corpo é valioso, cada parte é bonita e importante.

Aceite seu temperamento, tudo o que sente e pensa é o que lhe faz ser quem é.

Aceite suas doenças, inclusive quando há dor e sofrimento. Quando você aceitar, poderão se tornar mais leves.

Ame a vida e a natureza humana, já que nelas podemos ver Deus, imagine o valor que têm: Ele mesmo se disse “homem”.

Aceite sua inteligência para que não cheguem a mágoa e a autocompaixão.

2) Aceite suas tristezas

Pense nisto: há um fim para tudo e também para o sofrimento e a tristeza. Tome em suas mãos sua personalidade, assim como é, com todos seus defeitos, e ponha na mão de Deus pai. A Sagrada Escritura diz: “Ele (Deus) sabe de que barro estamos feitos”. Diga-lhe com confiança: “Eu aceito minha personalidade e modo de ser, porque tudo isto é expressão de sua vontade, e eu amo sua santa vontade porque você é meu Pai e tudo permite para um bem maior”.

3) Aceite sua história

Tudo que você viveu, até mesmo aquilo que já nem quer mais lembrar, foi necessário para ser hoje a pessoa que é, portanto deve aceitar, aprender com a experiência, reconhecer que – até nas piores circunstâncias –, Deus estava presente. Ele é o Senhor da História, e quando você aceitar sua história pessoal, convide-O para que Ele seja o Senhor de sua história.

4) Aceite sua família

Ninguém teve a oportunidade de escolher sua família, podemos escolher talvez com quem casar, amigos, trabalho, comunidade religiosa, etc.; porém jamais poderemos escolher nosso pai, Mãe, filhos, irmãos e demais famíliares. Assim, em lugar de querer mudar os que nos rodeiam, por que não amar estas pessoas? Por que não aceitar cada um assim como é?

Quando realmente você aceitar ser quem é, será o momento de percorrer o caminho para a maturidade.

Existem doze estratégias que nos podem ajudar a atingir a maturidade emocional, sem que esta busca se torne um processo difícil de alcançar:

Auto-estima positiva

Reconhecer as próprias emoções

Aceitá-las

Orientá-las

Expressá-las construtivamente

Sentido de humor

Fomentar as emoções positivas

Equilibrar trabalho e descanso

Controlar a imaginação

Fazer alguma coisa pelas outras pessoas

Reconciliar-se consigo mesmo e com os outros

Viver em paz com Deus


fonte: http://www.almas.com.mx

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Dr. Içami Tiba (Autor do Livro: Quem ama, educa) - Considerações sobre educação dos filhos.

1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório.  Filho é para sempre.

2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo.  Não se pode castigar com internet, som, tv, etc...

3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em hospital de queimados.

4. É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real.  Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.

5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem.

6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente.

7. Em casa que tem comida, criança não morre de fome . Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.

8. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.

9. É preciso transmitir aos filhos a ideia de que temos de produzir o máximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.

10. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente.

11. A gravidez é um sucesso biológico e um fracasso sob o ponto de vista sexual.

12. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para fazer uso da droga . A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve 'abandoná-lo'.

13. A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.

14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.

15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.

16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se for mal na faculdade.

17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.

18. Muitas mães e pais são desequilibrados ou mesmo loucos. Devem ser tratados. (palavras dele - palestrante). 

19. Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também.

20. Videogames são um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reencarnar. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.

21. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.

22. Pais e mães não pode se valer do filho por uma inabilidade que eles tenham. 'Filho, digite isso aqui pra mim porque não sei lidar com o computador'. Pais têm que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível pagarem para falar com o filho que mora longe.

23. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.

24. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.

25. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que mostrar qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.

26. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o tenham, precisam controlar e ensinar a gastar.